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Guerra, pandemia e o impacto na indústria têxtil

A indústria têxtil tem seu destaque no mercado nacional desde o século XIX, com as primeiras tecelagens até os dias atuais, e com o tempo veio ganhando espaço no comércio exterior com o aumento das importações de tecidos.

No contexto evolutivo do setor ao longo dos anos, a participação econômica do setor sempre foi uma das protagonistas no desenvolvimento, alavancando o número de mão de obra especializada em seus meios de trabalho. Além disso trata-se de um dos segmentos com maior lucratividade, inovação e crescimento no país até os nossos dias.

Neste cenário, os estados de SC, SP e AL se destacam pelos incentivos ao desenvolvimento tecnológico e fiscal.

De acordo com a ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, para o ano de 2022 a indústria têxtil brasileira prevê um crescimento em volume, gerando aproximadamente 25 mil empregos diretos e indiretos com carteira assinada.

Seguindo a evolução e crescimento do setor, hoje o Brasil é referência mundial em design de vários segmentos da moda, incluindo a confecção de uniformes profissionais. Assim, a indústria têxtil brasileira é a segunda maior empregadora da indústria de transformação.

Importações

A indústria têxtil brasileira é uma das bases para economia do país, e o que mantém esse setor em destaque são exatamente as importações de tecidos.

Os varejistas estão se aprimorando no comércio internacional, importando principalmente da China e India, tanto pelo custo, como pela diversidade de materiais.

Custos

A alta carga tributária mantém o empreendedor do comércio exterior exposto às burocracias que acarretam custos excepcionais. Além disso, a logística também representa um alto custo aos importadores em suas operações, pois inclui gastos de transporte, manuseio e armazenamento da carga.

De acordo com a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvetex), que reúne as principais redes de varejo de moda do país como C&A, Forever 21, Cia. Hering, Marisa, Inbrands, Renner, Riachuelo e Zara, os varejistas brasileiros tem interesse pelo produto nacional, mas optam por escolher tecidos importados para poder diferenciar suas produções com materiais inovadores e outro apelo de moda.

Pandemia e guerra

Dificilmente iremos encontrar algum setor que não tenha sido impactado pela pandemia da Covid ou a guerra no leste europeu. No setor têxtil não é diferente, onde os custos logísticos tiveram seus custos elevados de forma extremamente rápida, sem falar nos prazos de entrega que sofrem os impactos de uma crise global. Inclusive a recente quarentena imposta aos portos chineses – ainda em decorrência da pandemia – (abril/2022), deve impactar ainda mais nesse importante segmento de mercado no Brasil.